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Editado por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2013 Olivia Gates

© 2015 Harlequin Ibérica, S.A.

Puro prazer, n.º 1243 - Maio 2015

Título original: Claiming His Own

Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-6909-7

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Prólogo

 

Dezoito meses antes

 

Caliope Sarantos ficou a olhar para a prova que sustinha na mão. Era a terceira que fazia. Havia duas listas cor-de-rosa nas correspondentes janelas: estava grávida. Apesar de ter utilizado métodos anticoncetivos, estava grávida.

Uma série de emoções contraditórias amontoava-se no seu peito. Fizesse o que quer que fizesse, o seu mundo nunca mais seria o mesmo, e o mais provável era que o seu relacionamento idílico com Maksim se visse despedaçado. Se ela não sabia o que pensar sobre a notícia, ele então...

De repente, o seu coração disparou. Ele estava ali.

Como sempre, Caliope sentiu a sua presença antes de ouvi-lo. No entanto, dessa vez, não foi invadida pela alegria. Sabia que, quando lho contasse, tudo se arruinaria.

Maksim entrou no quarto onde lhe tinha ensinado o que era a paixão e onde continuava a mostrar-lhe que as intimidades e prazeres que podiam partilhar não tinham limite.

Aproximou-se dela, olhando-a com desejo, enquanto tirava a gravata e desabotoava a camisa como se lhe queimasse a pele. Ele estava faminto por ela, como sempre. Embora o que lhe estava prestes a dizer fosse extinguir o seu desejo. Uma gravidez indesejada era a última coisa que ele esperava.

Aquela poderia ser a sua última vez que eles estavam juntos. Ainda não lho podia contar, disse Caliope a si mesma. Só depois de fazer amor com ele.

Possuída pelo desejo, puxou-o para ela na cama, tremendo de ansiedade para tê-lo nos seus braços. Devoraram os seus lábios mutuamente, e antes que ela pudesse envolvê-lo com as pernas, Maksim começou a saborear os seus seios. Sussurrando palavras de desejo, acariciou-a e chupou-lhe os mamilos com a intensidade perfeita, fazendo-a gemer de prazer. Depois, colocou-lhe uma mão entre as pernas.

Enquanto Caliope gemia sem parar, ele deslizou dois dedos entre as suas dobras quentes e húmidas. Com apenas alguns movimentos, o orgasmo inundou-a, balançando o seu corpo numa deliciosa corrente elétrica. Mal tinha terminado o seu clímax, Maksim baixou a cabeça entre as pernas trémulas, colocou-as sobre os ombros e começou a explorá-la com as mãos, lábios e dentes, até ela estar à beira do êxtase novamente.

– Por favor, basta – rogou-lhe ela. – Preciso de te sentir dentro de mim...

Maksim levantou o seu poderoso rosto para olhar para ela.

– Deixa-me saciar o teu prazer. Abre-te para mim, Caliope – ela obedeceu imediatamente, deixando cair as pernas como pétalas de rosa, rendendo-se a ele. Maksim devorou-a, saboreando a sua essência mais íntima e, como se sentisse exatamente no momento certo para fazê-lo, penetrou-a com a língua, fazendo-a gritar enquanto um orgasmo interminável a inundava.

Antes que Caliope tivesse oportunidade de recuperar o fôlego, ele deitou-se em cima dela e beijou-a, entrelaçando ambas as línguas, misturando o sabor de ambos os corpos, que eram apenas um.

Então ele olhou para ela, enquanto a sua ereção procurava a entrada, e com um rugido de desejo, possuiu-a.

Caliope gritou ao sentir a enormidade da sua possessão. Ele também gemeu de prazer e, agarrando-a pelas ancas, penetrou-a mais profundamente, atingindo o seu ponto mais sensível.

Sabendo muito bem o que estava a fazer, Maksim saiu e entrou de novo, uma e outra vez, até que, ofegante, Caliope se retorceu contra ele, pedindo-lhe para acabar com aquela requintada tortura. Só então ele se entregou completamente, dando-lhe o que ela lhe pedia, o ritmo e cadência que ela desejava.

As suas investidas eram cada vez mais rápidas, até que ela gritou e se arqueou num espasmo, apertando-se contra ele enquanto o clímax explodia dentro de si.

A meio do seu delírio, Caliope ouviu-o a rugir, sentiu o seu corpo enorme a sacudir-se e a sua semente a preenchê-la. Momentos depois, ele tombou sobre ela, saciado, satisfeito.

Ela virou-se para ele, admirando os seus lábios inchados de tantos beijos. Ele tinha um aspeto muito viril e vital e era... seu.

Caliope nunca tinha pensado nisso, mas era verdade. Desde que o tinha conhecido, Maksim Volkov era dela e só dela.

Maksim, magnata do aço, era um dos homens mais ricos e poderosos do mundo. E mal o tinha visto cara a cara num jantar de caridade há um ano, tinha tido a certeza de que aquele homem era capaz de colocar o seu mundo de pernas para o ar. E ela tinha-o permitido.

Caliope recordou vividamente quando ela lhe tinha dado permissão para beijá-la, poucos minutos depois de conhecê-lo. Lembrou-se de como a sua boca a tinha possuído ferozmente, a tinha enchido da ambrosia do seu sabor e a tinha deixado sem fôlego. Nunca antes se tinha sentido tão embriagada por um beijo. Nem tinha acreditado que precisava de um homem para a dominar.

Em menos de uma hora, naquele dia, Caliope tinha-se deixado levar para a suíte presidencial de Maksim, sabendo que não seria capaz de lhe negar nada. Ainda que, a caminho do hotel, tivesse tido a clareza mental suficiente para informá-lo de que era virgem. Ela nunca se iria esquecer da reação dele. Ele tinha olhado para ela com fogo nos olhos e tinha-a beijado apaixonadamente, selando assim a sua posse.

– Seria uma honra para mim ser o primeiro, Caliope. E vou fazer com que seja inesquecível para ti.

Maksim mantivera a sua promessa. O encontro tinha sido tão avassalador para ambos que não tinham conseguido deixá-lo como uma aventura de uma noite só. Mas, pelo exemplo desastroso dos seus próprios pais, ela tinha pensado que o compromisso só podia levar à deceção e à destruição da alma. E não tinha vontade de arriscar.

No entanto, não tinha conseguido resistir à necessidade de estar com Maksim. A intensidade do seu desejo obrigara-a a certificar-se de nunca fazer nada que pudesse pôr em perigo o seu relacionamento.

Para isso, Caliope tinha-lhe pedido para respeitarem certas regras sempre que estivessem juntos. Para começar, só estariam juntos sempre que ambos sentissem a mesma paixão e o mesmo desejo de se verem. Depois, quando o fogo se extinguisse, despedir-se-iam como amigos e seguiriam com as suas vidas.

Maksim tinha aceitado as suas condições, embora tivesse acrescentado uma, não negociável. Exclusividade.

A proposta tinha deixado Caliope perplexa, pois ele era um homem com vasta reputação de mulherengo, e fez com que ela o desejasse ainda mais. No entanto, nunca tinha deixado de perguntar-se quanto tempo lhes restaria juntos. Nem mesmo nas suas fantasias mais ambiciosas se atrevera a sonhar com a possibilidade de a sua relação durar para sempre.

Ainda assim, tinha passado um ano e a sua paixão não tinha parado de crescer.

Caliope não estava disposto a perdê-lo. Não podia... Mas tinha que lho dizer...

– Estou grávida.

Com o coração acelerado, surpreendeu-se a si mesma com aquelas palavras claras e diretas. Ato seguido, fez-se silêncio.

Maksim ficou de pedra. Apenas os seus olhos pareciam ter vida. E a sua expressão era inconfundível.

Se Caliope tivesse alguma esperança de que a sua gravidez fosse bem acolhida, foi desfeita naquele preciso momento.

De repente, faltou-lhe o ar e afastou-se dele. Tremendo, sentou-se na cama, cobrindo-se com um lençol.

– Não tens com que te preocupar. Esta gravidez é problema meu, tal como é assunto meu ter decidido ter a criança. Eu apenas pensei que tinhas o direito de saber. Tal como tens o direito a sentir-te e agir como quiseres a esse respeito.

Com o rosto cheio de amargura, Maksim sentou-se também.

– Não me queres perto do teu filho.

Como é que ele tinha chegado àquela conclusão?, perguntou-se ela.

– É teu filho também – conseguiu dizer ela. – Estou disposta a dar-te um lugar na sua vida, se for isso que tu queres.

– Quero dizer que não te convém que eu esteja perto do bebé. Nem de ti, agora que vais ser mãe. Penso dar à criança o meu apelido, fazer dele meu herdeiro. Mas nunca farei parte da sua educação – disse-lhe ele e, antes que Caliope, confusa, pudesse encontrar o sentido às suas palavras, ele continuou: – Mas quero continuar a ser teu amante. Desde que tu queiras. Quando já não quiseres mais, eu vou-me embora. Vocês os dois terão sempre o meu apoio sem limites, mas eu não posso fazer parte das vossas vidas – assegurou, e olhou para ela nos seus olhos veementemente. – Isto é tudo o que te posso oferecer. Eu sou assim, Caliope. E não posso mudar.

Ela susteve-lhe o olhar e soube que devia rejeitar a oferta. A melhor coisa para ela seria expulsá-lo da sua vida naquele momento e não depois.

No entanto, não foi capaz de fazê-lo. Apesar dos danos que sabia que iria sofrer no futuro, não era capaz de sacrificar o que tinham no presente para evitá-lo. Portanto, aceitou as suas novas condições.

Nas semanas seguintes, Caliope continuou a perguntar-se se tinha feito mal em aceitar. Por um lado, notava que ele estava mais distante. Mas, por outro, voltava sempre a ela mais faminto do que da última vez.

Então, precisamente quando estava grávida de sete meses e estava mais confusa do que nunca sobre o seu relacionamento, Maksim... desapareceu.