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Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2005 Harlequin Books S.A.

© 2015 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

O despertar dos sentidos, n.º 743 - Outubro 2015

Título original: Awaken the Senses

Publicado originalmente por Silhouette® Books.

Publicado em português em 2007

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-7494-7

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S. L.

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Prólogo

Capítulo Um

Capítulo Dois

Capítulo Três

Capítulo Quatro

Capítulo Cinco

Capítulo Seis

Capítulo Sete

Capítulo Oito

Capítulo Nove

Capítulo Dez

Capítulo Onze

Capítulo Doze

Capítulo Treze

Capítulo Catorze

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WINE COUNTRY COURIER

 

Crónica Social

 

 

Um francês passeia-se pelos vinhedos da herdade Ashton; toma notas; seduz a sobrinha do dono…

Não, não se trata de uma trama para sabotar as Adegas Ashton, nem é o argumento de um filme; mas uma tentativa da família de viticultores para melhorar os seus já famosos vinhos… tirando, claro está, a sedução de Charlotte, a sobrinha florista de Spencer Ashton.

O caso é que Alexandre Dupree, um francês que também se dedica com grande sucesso ao negócio do vinho, permanece há várias semanas na herdade Ashton na qualidade de assessor.

Supostamente, a intenção desta assessoria é resistir à crescente popularidade do seu rival, Vinhedos de Louret; mas não parece provável que lhe tenham pedido também que seduza Charlotte Ashton. Que opina o tio Spencer disto? Ou será tão carente de escrúpulos a ponto de se aproveitar da situação e utilizar a sua sobrinha para os seus próprios fins?

Prólogo

 

Trinta e um anos antes

 

– Temos que falar.

Ao ver Lilah entrar no seu escritório, Spencer alçou a vista dos papéis e franziu a testa, irritado pela interrupção. Normalmente, o olhar fulminante que lhe lançou teria bastado para a calar, mas nesta ocasião não foi assim.

– Se não te divorciares de Caroline, abandonar-te-ei.

A voz tremia-lhe, mas nos seus olhos havia um brilho de determinação que fez com que as suas palavras soassem quase como uma ameaça.

Irado, Spencer levantou-se e contornou a mesa para se deter a uns centímetros da espigada ruiva que tinha ousado dar-lhe um ultimato.

Ela arregalou os olhos, mas ergueu-se obstinadamente.

– És muito linda, Lilah – disse Spencer. Viu um clarão comprazido no seu olhar, e quase se riu pela facilidade com que podia manipulá-la, – mas se fizeres isso… – murmurou num tom aguçado como uma faca… – haveria muitas outras mulheres jovens e belas como tu ansiosas por ocupar o teu lugar.

Gostava de Lilah; gostava do seu corpo e do seu rosto; gostava do modo como acedia a todos os seus desejos, o modo como que se deixava hipnotizar pelo seu feitiço e se mostrava disposta a fazer qualquer coisa que lhe pedisse.

A jovem engoliu em seco; Spencer observou, satisfeito, que a sua determinação fraquejava.

– Falo a sério; quero que deixes Caroline – insistiu com voz trémula e um brilho possessivo no olhar. – Há seis anos que espero que o faças e não quero esperar mais.

Spencer notou como a chispa do desejo se ateava no seu interior, mas reprimiu-a com frieza, como quem esmaga uma beata com a sola do sapato.

– Caso contrário? – inquiriu num tom calmo, de advertência.

Os ombros da jovem ergueram-se.

– Então procurarei outro homem, e terás de encontrar uma nova… secretária – respondeu Lilah.

A ele ninguém o abandonava; ninguém… e muito menos ia deixar que o fizesse uma mulher da qual ainda não se tinha cansado. Agarrou-a pela cabeleira e, sem se importar de a poder magoar, puxou-a para que inclinasse a cabeça para trás e o olhasse.

Os olhos de Lilah esbugalharam-se, cheios de temor, e agachando a cabeça Spencer sussurrou:

– Que disseste?

A jovem emitiu um gemido abafado quando voltou a puxar-lhe o cabelo.

– Des… desculpa, Spencer. Eu não pretendia…

O pânico nos seus olhos agiu como um afrodisíaco nele, e teve a certeza que dentro de poucos minutos teria Lilah de pernas abertas deitada debaixo dele.

– Bem – murmurou acariciando-lhe a garganta com um dedo, – porque me tinha parecido entender que me deixarias se eu não deixasse a Caroline, e isso doeu-me.

A sua pele era suave como o veludo, o seu pescoço tão frágil que se poderia partir como um galho se quisesse.

– D-desculpa… – balbuciou ela de novo. – Compensar-te-ei – acrescentou subindo as mãos para o seu peito de modo hesitante e começando a desabotoar-lhe os botões da camisa. – É só que… de… desejo-te tanto…

Spencer sorriu com arrogância, sabedor que dizia a verdade. A verdade era que não podia negar que era linda, pensou, e complacente na cama. Talvez se casasse com ela, quando se desfizesse de Caroline, mas isso cabia-lhe a ele decidir. Lilah tinha de aprender qual era o seu lugar de uma vez por todas; sobretudo para poder merecer converter-se um dia na senhora Ashton.

– Farei o que quiseres – disse-lhe Lilah olhando-o de modo menos temeroso e mais sugestivo.

Spencer achou aquela combinação sedutora, mas apesar dos seus encantos queria que fosse muito consciente que não lhe daria mais oportunidades. Sem soltar a sua cabeleira ruiva, subiu a outra mão até um dos seus seios e começou a acariciá-lo.

– Ao longo da minha vida foram muitos os que tentaram manipular-me com ameaças… – sussurrou. Lilah abriu a boca, como se fosse dizer algo, mas permaneceu calada quando a mão de Spencer subiu para o seu pescoço e se fechou em torno dele, apertando-o ligeiramente… – e nem um só deles o conseguiu; nem um – inclinou a cabeça para lhe beijar a boca aberta. – Estamos a entender-nos?

Lilah não se atreveu a falar e limitou-se a assentir com a cabeça. Spencer esboçou um sorriso maquiavélico, satisfeito que por fim tivesse aceitado qual era o lugar que ocupava na sua vida. Para ele, aquela jovem era sua propriedade, tal como o carro e a casa que possuía.

Voltou a sentir a luxúria despertar no seu interior, avivada pelo medo que havia ainda nos seus olhos, e pela certeza que, apesar de o temer, o desejava.

– Agora… – murmurou puxando-a para si… – por que não me demonstras arrependimento?