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Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2008 Caroline Anderson

© 2015 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Dois pequenos milagres, n.º 1179 - Outubro 2015

Título original: Two Little Miracles

Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.

Publicado em português em 2009

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Bianca e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-7511-1

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S. L.

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Prólogo

Capítulo 1

Capítulo 2

Capítulo 3

Capítulo 4

Capítulo 5

Capítulo 6

Capítulo 7

Capítulo 8

Capítulo 9

Capítulo 10

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Prólogo

 

– Não vou contigo.

A sua voz invadiu o silêncio do quarto e Max endireitou-se para olhar para ela.

– O quê? O que queres dizer com isso? Andas há semanas a trabalhar nisto, o que tens de fazer antes de partir? De quanto tempo estás a falar? Vais amanhã? Vais quarta-feira? Preciso que estejas comigo, Jules, temos muito para fazer.

Julia abanou a cabeça.

– Não. Quero dizer que não vou para o Japão. Nem hoje, nem na semana que vem, nem nunca. Não vou a lado nenhum.

Não podia partir.

Não podia empacotar as suas coisas e ir para o Japão.

Max iria para o Japão. Ela não. Ela não iria para lado nenhum. Outra vez não. Seria a vigésima vez que o fazia durante o tempo que tinham passado juntos. Não podia voltar a fazê-lo.

Ele colocou uma camisa na mala e virou-se para ela com uma expressão incrédula.

– Estás a falar a sério? Estás louca?

– Não. Nunca falei mais a sério. Estou farta – disse. – Não quero fazê-lo mais. Estou cansada de que me digas «vamos», e que a única coisa que eu te pergunte seja «para onde?». Dizes que tens de mudar de lugar e eu ajudo-te a fazê-lo… Em qualquer língua, em qualquer país…

– És a minha secretária pessoal, é o teu trabalho!

– Não, Max. Sou a tua esposa e estou cansada de que me trates como se fosse um empregado qualquer. Não permitirei que continues a fazê-lo.

Ele olhou para ela um instante, passou a mão pelo cabelo e olhou para o relógio antes de guardar outra camisa.

– Escolheste uma péssima altura para arranjar problemas conjugais – disse ele.

– Não é um problema – disse ela, tentando manter a calma. – É um facto. Não vou e não sei se estarei aqui quando regressares. Não consigo aguentar mais e preciso de tempo para pensar no que quero fazer.

Ele amarrotou a camisa, contudo, não quis saber. Não fora ela quem a engomara. Costumavam levar a roupa à lavandaria. Ela estava sempre demasiado ocupada a certificar-se de que tudo funcionava correctamente.

– Bolas, Jules, escolheste o pior momento.

Max atirou a camisa para dentro da mala e aproximou-se da janela. Passou a mão sobre o vidro e contemplou o horizonte londrino.

– Sabes o que isto significa para mim. Sabes como este contrato é importante. Porquê hoje?

– Não sei – disse ela. – Talvez tenha chegado ao limite. Estou farta de não ter vida própria.

– Temos uma vida em comum! – exclamou ele e aproximou-se dela. – Temos uma boa vida.

– Não, estamos sempre a trabalhar.

– Temos muito sucesso!

– No âmbito profissional, concordo. Mas isso não é vida – olhou para ele fixamente, para lhe demonstrar que não a intimidava. – A nossa vida pessoal não é um sucesso porque não a temos, Max. Não fomos ver a tua família no Natal, trabalhámos no dia de Ano Novo… Por favor, vimos o fogo-de-artifício da janela do escritório! Sabias que hoje é o último dia dos enfeites de Natal? Nem sequer os pusemos, Max. Não celebrámos o Natal. Tudo aconteceu à nossa volta enquanto trabalhávamos. Eu quero mais do que isso. Quero uma casa, um jardim, tempo para me dedicar às plantas, para tocar na terra com as mãos e cheirar as rosas – desceu o tom de voz. – Nunca paramos para cheirar as rosas, Max. Nunca.

Ele franziu o sobrolho, suspirou e olhou para o relógio.

– Tira tempo livre, se é isso que precisas, mas vem comigo, Jules. Faz uma massagem, vai ver um jardim Zen, mas, por favor, chega de tolices.

– Tolices? Não posso acreditar, Max. Não ouviste nenhuma palavra do que te disse. Não quero ir visitar um jardim Zen. Não quero fazer uma massagem. Não vou. Preciso de tempo para pensar, para decidir o que quero fazer com a minha vida, e não posso fazê-lo contigo ao meu lado, caminhando de um lado para o outro no quarto do hotel às quatro da manhã. Não posso fazê-lo e não o farei.

Ele passou a mão pelo cabelo escuro outra vez e depois colocou o saco da roupa suja e os sapatos que estavam junto da cama na mala e fechou-a.

– Estás louca. Não sei o que se passa. Deve ser a síndrome pré-menstrual ou alguma coisa parecida. De qualquer modo, não podes deixar-me sem mais nem menos, tens um contrato.

– Um contrato? – ela soltou uma gargalhada. – Então processa-me – disse com amargura. Virou-se e saiu do quarto.

Ainda estava escuro e as luzes da cidade reflectiam-se sobre o rio. Ela contemplou a vista da sala e depois fechou os olhos.

Ouviu que ele fechava o fecho da mala e que a arrastava pelo chão.

– Vou-me embora. Vais acompanhar-me?

– Não.

– Tens a certeza? Porque já chega. Não esperes que vá atrás de ti depois.

Ela esteve quase a rir-se.

– Não espero que o faças.

– Óptimo. Onde está o meu passaporte?

– Na mesa, com os bilhetes – disse ela sem se virar e esperou, contendo a respiração.

O que esperava? Um pedido de desculpas? Um «amo-te»? Não, nunca. Não conseguia recordar quando o dissera pela última vez e sabia que não o diria naquele momento. Ouviu os seus passos e o ruído das rodas da mala sobre o chão. Ouviu como pegava nos bilhetes e no passaporte e depois o ruído da porta a abrir-se.

– Última chamada.

– Não vou.

– Muito bem. Como queiras. Já sabes onde me encontrar quando mudares de ideias – fez uma pausa, respirou fundo e fechou a porta.

Ela permaneceu imóvel e, quando ouviu o som do elevador, apoiou-se na beira do sofá e suspirou.

Fora-se embora. Partira e não tentara convencê-la a mudar de ideias. Apenas lhe dissera que estava a desrespeitar o contrato.

A única coisa que ela queria era tempo para pensar sobre a vida que partilhavam e, visto que decidira não o acompanhar, ele ignorara o casamento e só se concentrara no maldito contrato!

– Bolas, Max! – gritou ela, contudo, então começou a chorar.

Dirigiu-se para a casa de banho e sentou-se no chão, apoiando-se contra a parede.

– Amo-te, Max – sussurrou. – Porque não me ouviste? Porque não nos deste uma oportunidade?

Teria partido com ele se tivesse mudado o seu voo, se lhe tivesse dito que a amava, se a tivesse abraçado e tivesse pedido perdão?

Não. De qualquer forma, Max não costumava fazer esse tipo de coisas.

Podia ter continuado a chorar, contudo, não queria dar-lhe essa satisfação. Lavou a cara, escovou os dentes e retocou a maquilhagem. Depois, regressou à sala e pegou no telefone.

– Jane?

– Julia, querida! Como estás?

– Mal. Acabei de deixar Max.

– O quê? Onde?

– Não… Deixei-o. Bom, na verdade, ele deixou-me.

Fez-se silêncio e, depois, Jane praguejou em voz baixa.

– Está bem. Onde estás?

– No apartamento. Jane, não sei o que fazer…

– Onde está Max?

– A caminho do Japão. Era suposto ir com ele, mas não podia.

– Claro. Fica aí. Vou agora mesmo para aí. Faz a mala. Vais ficar em minha casa.

– Já está feita – disse ela.

– Certamente não meteste calças de ganga, nem o fato de treino nem as botas. Tens uma hora e meia. Arruma tudo o que for necessário e traz roupa quente. Aqui faz muito frio.

Depois de se despedir, regressou ao quarto e observou a mala que estava sobre a cama. Nem sequer tinha calças de ganga. Nem o tipo de botas a que Jane se referia.

Ou sim?

Rebuscou no fundo do armário e encontrou umas calças de ganga velhas e umas botas que não recordava ter. Tirou os fatos e os sapatos de salto alto da mala e colocou as botas, as calças de ganga e o seu fato de treino favorito.

A sua fotografia de casamento estava sobre a mesinha e, ao vê-la, recordou que nem sequer tinham tirado uns dias para ir de lua-de-mel. Tinham tido uma breve cerimónia e, durante a noite de núpcias, tinham feito amor até à exaustão.

Ela adormecera nos seus braços, como sempre, contudo, curiosamente também acordara da mesma forma, porque, por uma vez, ele não se levantara antes para trabalhar.

Passara tanto tempo desde então!

Julia engoliu em seco e deixou de olhar para a fotografia. Depois, levou a mala até à porta e olhou à sua volta. Não queria mais nada, nenhuma outra lembrança dele, da sua casa nem da sua vida.

Agarrou no passaporte, não porque tivesse intenção de ir a algum lado, mas para que Max não o tivesse. De certa forma, era um símbolo de liberdade e podia precisar dele para outro tipo de coisas.

Depois, esvaziou o frigorífico, deitou o lixo fora e sentou-se à espera. Contudo, como não conseguia deixar de pensar, ligou a televisão para se distrair.

Não foi boa ideia. Aparentemente, segundo o repórter, esse dia, a primeira segunda-feira depois do Ano Novo, era conhecido como «a segunda-feira dos divórcios». O dia em que milhares de mulheres, fartas do que acontecera durante o Natal, entravam em contacto com um advogado e começavam o processo de divórcio.

Ela também?

 

 

Duas horas mais tarde, estava sentada na cozinha da casa de Jane em Suffolk. A sua amiga fora buscá-la e estava a fazer café.

O cheiro era repugnante.

– Lamento… Não consigo.

Foi para a casa de banho a correr e vomitou. Quando se endireitou, Jane estava atrás dela, olhando para ela através do espelho.

– Estás bem?

– Sobreviverei. É por causa dos nervos. Amo-o, Janey, e estraguei tudo.

Jane olhou para ela, abriu o armário que havia sobre o lavatório e tirou uma caixa.

– Toma.

Ela olhou para a caixa e soltou um risinho.

– Um teste de gravidez? Não sejas tola. Sabes que não posso ter filhos. Não posso conceber.

– As palavras «não posso» não existem. Eu sou a prova disso. Faz o que te digo.

Saiu da casa de banho e fechou a porta. Julia encolheu os ombros e leu as instruções do teste. Era uma estupidez. Não podia estar grávida.

 

 

– O que raios vou fazer?

– Queres ficar com ele?

Nem sequer tinha de pensar nisso. Apesar de estar surpreendida pelo resultado do teste de gravidez, sabia a resposta. Abanou a cabeça.

– Não. Max sempre insistiu que não quer ter filhos e, de qualquer forma, teria de mudar muito para aceitar cuidar do meu filho. Sabes que me disse que não podia partir porque tinha um contrato?

– Se calhar era a sua única esperança.

– Max? Não sejas ridícula. Disse-me que, se não fosse com ele, estava tudo acabado. Mas tenho de viver em algum lado, não posso ficar contigo e com Pete, muito menos quando tu também estás grávida outra vez – soltou uma gargalhada. – Não posso acreditar que esteja grávida, depois de todos estes anos.

Jane sorriu.

– Acontece – disse Jane com um sorriso. – Tiveste sorte por ter um teste em casa. Estive quase a fazê-lo uma segunda vez porque não conseguia acreditar no primeiro. Agora já aceitámos a ideia e até quero ter outro filho. Os meninos também estão felizes. Bom, então onde queres viver? No campo ou na cidade?

Julia tentou sorrir.

– No campo? – perguntou, hesitante. – Não quero regressar a Londres e, sei que é uma tolice, mas quero um jardim.

– Um jardim? – Jane inclinou a cabeça e sorriu. – Dá-me um minuto.

Julia ouviu que falava ao telefone e depois viu que regressava com um sorriso nos lábios.

– Resolvido. Pete tem um amigo que se chama John Blake que vai trabalhar para Chicago durante um ano. Tinha encontrado alguém para que cuidasse da sua casa, mas essa pessoa falhou, e está desesperado por encontrar outra pessoa.

– Porque não a arrenda?

– Porque terá de regressar de vez em quando. Mas é uma casa enorme. A única coisa que tens de fazer é viver lá, não fazer festas selvagens e chamar o canalizador se for necessário. Ah, e cuidar do cão. Gostas de cães?

– Adoro cães. Sempre quis ter um.

– Óptimo. Murphy é fantástico. Vais adorá-lo. A casa chama-se Rose Cottage e tem um jardim maravilhoso. Fica a apenas cinco quilómetros daqui, portanto poderemos ver-nos com frequência. Será divertido.

– E o bebé? Não se importará?

– John? Não. Adora bebés. Além disso, quase nunca está em casa. Anda, vamos vê-lo agora mesmo.

Capítulo 1

 

– Encontrei-a.

Max ficou petrificado.

Era o que esperara desde Junho, contudo, nesse momento, teve medo de saber. Sentiu um aperto no coração, recostou-se na cadeira e olhou para o detective privado.

– Onde? – perguntou finalmente.

– Em Suffolk. Está a viver numa casinha.

«A viver», pensou e o seu coração recuperou o ritmo normal. Durante todo esse tempo, temera que…

– Está bem?

– Sim, está bem.

– Sozinha?

O homem fez uma pausa.

– Não. A casa pertence a um homem que se chama John Blake. Trabalha no estrangeiro, mas vem cá de vez em quando.

Meu Deus. Sentia-se tão enjoado que não foi capaz de assimilar as últimas palavras.

– Tem o quê?

– Bebés. Duas gémeas. Têm oito meses.

– Oito? – repetiu ele. – Ou seja, ele tem filhos?

– Aparentemente, não. Acho que são dela. Vive lá desde meados de Janeiro do ano passado e as pequenas nasceram durante o Verão… Em Junho, segundo a mulher dos correios. Foi uma grande ajuda. Acho que houve muitos rumores sobre a sua relação.

Tinha a certeza disso. Meu Deus, queria matá-la. Ou Blake. Talvez os dois.

– É claro, segundo as datas, parece que estava grávida quando o deixou, portanto podem ser suas filhas… Ou então talvez já tivesse uma aventura com esse tal Blake.

– Faça apenas o seu trabalho. Eu farei os cálculos – disse Max, tentando ignorar a ideia de que lhe tivesse sido infiel. – Onde está? Quero a morada.

– Está tudo aqui – disse o homem e entregou-lhe um envelope. – Com a minha conta.

– Eu vou tratar disso. Obrigado.

– Se precisar de mais alguma coisa, senhor Gallagher, qualquer outra informação…

– Entro em contacto consigo.

– Disseram-me que Blake está fora neste momento – acrescentou antes de abrir a porta.

Max olhou para o envelope e esperou que a porta se fechasse para o abrir. Ao ver as fotografias que continha, ficou sem fôlego.

Julia estava linda. Embora estivesse diferente. Tinha o cabelo mais comprido e apanhado num rabo-de-cavalo, de forma que parecia mais jovem e mais livre. Já não tinha madeixas loiras e o seu cabelo voltava a ser castanho, com um pequeno caracol no final do rabo-de-cavalo que fazia com que desejasse acariciá-lo e puxá-lo com suavidade para a atrair novamente para o seu lado.

Também engordara um pouco, contudo, ficava-lhe bem. Parecia feliz. Curiosamente, apesar de ter estado desesperado por ter notícias dela durante um ano, três semanas e dois dias, não era Julia que chamava a sua atenção depois do choque inicial. Eram os bebés que apareciam sentados num carrinho de supermercado. Duas gémeas lindas.

Seriam suas filhas? Era uma possibilidade. Só tinha de olhar para o cabelo escuro, tão parecido com o seu quando tinha aquela idade. Era como se estivesse a ver uma fotografia sua de quando era pequeno.

Max olhou para as fotografias durante algum tempo.

Ela estava viva e tinha duas meninas lindas.

Duas meninas que, certamente, eram suas filhas.

Duas meninas que não conhecia. De repente, sentiu que não conseguia respirar. Porque é que Julia não lhe dissera nada? Como podia ter-lhe ocultado algo tão importante? A menos que não fossem suas filhas…

Sentiu que a raiva o invadia e desejou partir alguma coisa.

O pisa-papéis bateu contra a janela e partiu-se, caindo ao chão em vários pedaços. Ele baixou a cabeça e contou até dez.

– Max?

– Encontraram-na em Suffolk. Tenho de ir.

– É claro – disse a sua secretária. – Mas espera um minuto para te acalmares. Posso fazer-te um chá e procurar alguém para que arrume as tuas coisas.

– Tenho uma mala no carro. Tens de cancelar a reunião em Nova Iorque. Cancela tudo o que está marcado para os próximos dias. Lamento muito, Andrea, não quero chá. Só quero ver a minha esposa.

E as meninas. As suas filhas.

Ela bloqueou-lhe a porta.

– Passou mais de um ano, Max. Mais dez minutos não farão diferença. Não podes aparecer assim. Vais assustá-la. Tens de ir com calma, pensar no que vais dizer-lhe. Senta-te. Comeste alguma coisa?

Ele sentou-se e olhou para ela, perguntando-se de que raios estava a falar.

– Comer?

– Sim. Bebe um chá e come uma sandes e poderás partir – Andrea saiu do escritório.